SOBRE A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

HISTÓRIA MAL CONTADA

Letra e Música: Val D´antônio

Uma passagem pitoresca

Dom Pedro comandando a apresentação teatral

Reunião de puxa-sacos

Às margens do Ipiranga

Um cenário foi montado

Lindos trajes e  cavalos

Posições determinadas

Para ornamentar o quadro

As espadas levantadas

Nada de adversários

O momento é histórico

Pois o sete de setembro

Tem de ser um dia heróico

Se lutarem com bravura

Poderão até morrer

Não serão idolatrados

No desfile pra TV

O que aprendi não é verdade

Já sou adulto pra entender

Toda essa Historia é furada

O meu filhinho vai saber

Sem ilustração devida

Camponeses, militares

Na Bahia brasileira

No mais simples dos lugares

Trajando couro e coragem

Responsáveis pela INDEPENDÊNCIA do Brasil

Posições aleatórias

Batalhas bem acirradas

Marcadas pela vitória

Inimigos de montão

Momento de liberdade

Dois de Julho é de fato

Data da grande verdade

Derramaram o seu sangue

Lutadores destemidos

Mesmo sendo verdadeiros

Não foram  reconhecidos

gavião...

O INTERGALÁCTICO

Letra e Música: Val d´antônio/Antônio de Coló

Cuidado com aquele homenzinho de barba

Não é um ser normal, veio de outra galáxia

Chegou para levar da terra a verdade

Anda desafiando a lei da gravidade

Seus grandes olhos sugam a honestidade

Deixando desprovida toda a humanidade

Sua mente voadora é máquina pensante

Alimentada à base de narcotizante

Saia da terra bicho escroto

Procure outro habitat

Não há esgoto no planeta

Capaz de lhe comportar

Saia da terra bicho escroto

Abandone a via-láctea

Em vez de máscara peluda

Carregue vergonha na cara

O que diria o Newton sobre o cujo dito

A Ação e Reação perdeu todo o sentido?

Nem Joule seria capaz de calcular

Os danos que essa cabeça pode causar

Tal ser contrariou todas as Leis da Física

Terão de repensar os conceitos de vida

Para que serve a Lei da Relatividade?

O Albert morreu sem conhecer a verdade?

Lampião Falou: Eu não sei porque cheguei Mas sei tudo quanto fiz Maltratei fui maltratado Não fui bom, não fui feliz Não fiz tudo quanto falam Não sou o que o povo diz Qual o bom entre vocês? De vocês, qual o direito? Onde esta o homem bom? Qual o homem de respeito? De cabo a rabo na vida Não tem um homem perfeito } bis Aos 28 de julho Eu passei por outro lado Foi no ano 38 Dizem que fui baleado E falam noutra versão Que eu fui envenenado Sergipe, Fazenda Angico Meus crimes se terminaram O criminoso era eu E os santinhos me mataram Um lampião se apagou Outros lampiões ficaram } bis O cangaço continua De gravata e jaquetão Sem usar chapéu de couro Sem bacamarte na mão E matando muito mais Tá cheio de lampião E matando muito mais Tá assim de lampião E matando muito mais Na cidade e no sertão E matando muito mais Tá sobrando Lampião. (Luiz Gonzaga)